Matéria no Jornal A Gazeta - 09/05/2010

O Futebol de Mesa (ou Botão) ganhou espaço hoje no Jornal A Gazeta com uma entrevista muito bacana com Sérgio, Emmanoel e Rodolfo para Rafael Braz (A Gazeta). O esporte ganha assim uma divulgação importante e para quem não teve a oportunidade de ler no jornal, segue ela abaixo.

Para aqueles que leram a matéria no jornal e querem começar a praticar essa paixão antiga, basta entrar em contato com:
Rodolfo Feliz (Presidente da ABC Futmesa) - rofeliz@gmail.com ou Rodrigo Azevedo (Blog do Futmesa Capixaba) - mktpequeno@hotmail.com

Boa leitura e sejam bem vindos!
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Apaixonados por futebol dão show de bola longe dos gramados

Para um grupo de apaixonados por futebol, a pelada de quarta à noite acontece bem longe do gramado ou de uma quadra. De um lado a seleção brasileira campeã do mundo em 1958, do outro o Santos de Pelé, com um estranho Elano na ponta direita. O confronto, possível apenas no imaginário dos saudosos do esporte, toma forma nas mãos de Sérgio Aboudib e Emmanoel Guasti, ambos de 48 anos, e amigos de infância com uma paixão em comum: o futebol de botão.

“Não tem nada como sair de um dia estressante e bater uma bolinha”, garante Sérgio, atual bicampeão brasileiro na categoria sênior, e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

O interesse veio de família, passado pelo irmão mais velho. “Jogávamos em campos improvisados. Quando conheci o jogo de verdade me apaixonei”, conta Sérgio, que chegou a se aventurar pelos campos de futebol, mas foi obrigado a abandoná-los por causa de seguidas contusões. “Não tem problemas, sou bem melhor com os botões”, brinca.

Bom de bola
Ao contrário do amigo, Emmanoel garante que era bom de bola, e até treinava em uma equipe da cidade, mas ficou decepcionado e acabou deixando o esporte de lado. Recentemente, ele conquistou a Copa Norte-Nordeste, um dos mais importantes torneios do país, mas, apesar do título, ele afirma que o mais importante é a diversão. “Se algum dia entrar dinheiro no meio eu paro de jogar”, afirma.

Para o presidente da Associação dos Botonistas Capixaba (ABC), Rodolfo Feliz, 32, o que atrai no jogo é a estratégia. “É muito raciocínio. Você chega cansado ao final de um dia de disputa. Engana-se quem pensa que é brincadeira de criança”.

Recém-recuperado de uma séria contusão sofrida nos gramados – reais –, ele destaca que para se jogar botão também é necessário um certo preparo físico. “Claro que não é nada comparado a uma partida de futebol, mas ter que ficar abaixando acaba com as costas”, brinca.

Atividade tem campeonatos no Estado
O fato de ser um hobby não impede que a prática de futebol de botão seja organizada. Em Vitória, a Associação dos Botonistas Capixabas (ABC) conta com sede própria, oito mesas oficiais e organiza campeonatos entre os 40 associados. Em todo o Estado, são cerca de 70 jogadores em três diferentes associações. Os campeonatos podem ser acompanhados no blog criado pela associação (futemesacapixaba.blogspot.com), que é atualizado com os resultados das partidas, tabela de classificação e artilheiros. Uma extensa descrição da campanha de Emmanoel Guasti no último torneio Norte-Nordeste também é encontrada lá. Até os gols dos jogos podem ser conferidos pelo visitante. “É uma forma de divulgação e também de acompanhamento e controle dos nossos campeonatos”, explica o presidente da ABC, Rodolfo Feliz.

Entenda o jogo
Regras básicas

Tempo de jogo: Dois tempos de 25 minutos
Número de toques: Um toque coletivo por turno e dois toques na saída de jogo
Bola: É um disco de polietileno convexo com um centímetro de diâmetro e dois milímetros de altura
Traves: Tem a dimensão de 15 centímetros por 6 centímetros
Campo: A dimensão oficial é 2 metros por 1,40 metro

Características
Atualmente é praticado nas regiões Sul, Sudeste (exceção de MG) e Nordeste, essa regra deixa o jogo com arremates mais difíceis. Os placares são sempre miúdos. A principal tática consiste em mandar a bola para o campo adversário e evitar que o oponente faça o mesmo. Aí, sim, com calma, chegar perto da bola e do gol adversário.

A possibilidade de estudar os movimentos do adversário assemelha o futebol de mesa a um jogo de xadrez. A diferença é que além da definição da estratégia, o jogador precisa de habilidade manual para executar seus lances.

O futebol de botão foi inventado pelo brasileiro Geraldo Décourt, em 1930. Em 2001, o então governador de São Paulo Geraldo Alckmin oficializou o dia 14 de fevereiro, data de nascimento do inventor, com o o “dia do botonista”.

texto: Rafael Braz / fonte: Jornal A Gazeta - Rede Gazeta

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